A espondilite anquilosante é uma doença autoimune que atinge principalmente a coluna, podendo prejudicar quadris, ombros e as demais grandes articulações. Ela tem origem nas articulações sacroilíacas (na região entre o osso sacro e a pélvis). A doença atinge os tecidos conjuntivos, caracterizando-se por uma inflamação.
Diferentemente de muitos dos problemas da coluna, a espondilite anquilosante acomete sobretudo a população mais jovem. Pessoas na faixa dos 20 aos 40 anos são os que mais apresentam a doença.
Sintomas da espondilite anquilosante
Geralmente, as pessoas que sofrem com problemas na coluna e nas demais articulações se queixam de dores ao fazer movimentos. Porém, uma característica que difere das demais doenças das articulações é que a espondilite anquilosante causa dor, principalmente, nos momentos de repouso.
Entre os sintomas mais frequentes, estão a dor nas articulações e nas costelas, que se agrava quando as pessoas com a condição respiram mais profundamente. Outras pessoas podem sentir muito cansaço e falta de apetite, quadros que podem levar até mesmo à anemia.
Sabe a famosa rigidez das articulações pela manhã? Alguns pacientes relatam dor intensa e dificuldade de movimento nas primeiras horas do dia, melhorando após algumas horas. Esse também pode ser um sintoma da espondilite anquilosante.
É comum que, em sua fase inicial, a doença cause dor na região das nádegas. O incômodo se estende à parte posterior das coxas e pela coluna lombar. Geralmente, um lado apresenta mais dor que o outro.
Quem está mais suscetível à espondilite anquilosante?
Estudos apontam que algumas pessoas estão predispostas a ter a doença. Uma infecção intestinal poderia desencadear a espondilite anquilosante neste grupo. Essas pessoas apresentam um marcador genético específico, a molécula HLA-B27. Estima-se que cerca de 10% da população possua esse marcador. A doença é 300 vezes mais frequente nelas. Contudo, esse fator não é determinante, e ainda são necessárias mais pesquisas sobre o assunto.
A espondilite anquilosante tem cura?
Ainda não há cura para a doença. No entanto, a espondilite anquilosante em geral vai regredindo com o passar dos anos. Com o tratamento adequado, a condição pode ser controlada. Assim, o paciente pode manter sua qualidade de vida e realizar normalmente suas atividades diárias.
Tratamento para a espondilite anquilosante
O tratamento para a espondilite anquilosante não apenas controla a inflamação e a dor. Com o diagnóstico precoce, é possível impedir que a doença evolua. Além disso, pode-se manter a mobilidade regular das articulações e a correção ou manutenção da postura. Para tanto, são administrados os medicamentos chamados imunobiológicos, que atuam combatendo a inflamação causada pela doença.
O tratamento também não consiste somente na administração de medicamentos. O médico pode prescrever fisioterapia, atividades físicas e exercícios de correção postural. Em casos mais avançados, quando a doença já tenha comprometido muito a mobilidade do quadril, a cirurgia pode ser indicada. A operação se chama artroplastia do quadril e é indicada para liberar os movimentos das articulações da região. Os profissionais da saúde envolvidos analisam cada caso e adaptam o tratamento à condição e à realidade de cada paciente.
O paciente deve seguir o tratamento e saber que, por se tratar de uma doença crônica, terá que se cuidar por toda a vida. Vale repetir: o diagnóstico precoce, juntamente com o tratamento adequado, faz toda a diferença na qualidade de vida de quem tem essa doença.
Procure assistência médica
Caso você apresente algum dos sintomas, procure um médico. A espondilite anquilosante, quando não tratada corretamente, pode levar à calcificação da coluna, o que é grave, pois leva ao comprometimento permanente dos movimentos.
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