Março é o mês da mulher, da despedida do verão e da chegada do outono. Mas além de tudo isso, também é o Mês Amarelo, dedicado à conscientização da endometriose que, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE, já afeta mais de 8 milhões de mulheres brasileiras.
A campanha nasceu a partir de um movimento realizado nos Estados Unidos, em 1993, idealizado pela ativista Mary Lou Ballwage, portadora da doença. Em 1980, ela fundou a primeira associação voltada à doença, intitulada “The Endometriosis Association”.
Embora a disseminação de informações sobre a doença na “Semana de Conscientização sobre a Endometriose” tenha gerado resultado na época, Mary percebeu que apenas 7 dias era muito pouco para divulgar a importância do assunto. Então, a campanha se estendeu mundialmente e criou-se o Março Amarelo.
O que é a endometriose?
A endometriose é uma patologia na qual o endométrio, tecido que forra internamente a parede uterina, cresce fora do útero. Regularmente, o endométrio se espessa para receber um óvulo fertilizado e, na ausência de gravidez, é eliminado durante a menstruação.
No entanto, em casos de endometriose, algumas células desse tecido se movem em direção oposta e caem na cavidade abdominal ou nos ovários, onde se multiplicam e sangram. Consequentemente, essas células do endométrio podem se disseminar e se desenvolver em outras áreas do corpo, como no reto, no intestino, na bexiga, no peritônio, e até mesmo em órgãos distantes, como o pulmão e o cérebro.
Vale ressaltar que a endometriose não se comporta como um câncer, ou seja, a presença de lesões noutras áreas não significa um agravamento da condição. Isso acontece porque a maioria dos casos envolve migração de células em áreas próximas ao útero, mas em alguns casos, os focos de endometriose são transportados pelo sangue, afetando diferentes partes do corpo.
Principais sintomas da endometriose
Embora a cólica menstrual seja o sintoma mais frequente, ela nem sempre é causada pela doença. Portanto, as dores podem ser provocadas por outras inflamações, como na pelve, cistos, alguns tumores e miomas.
Geralmente, quando o paciente reclama de dor, mesmo em graus mais leves, é preciso que o médico considere a possibilidade de endometriose. Os principais e mais comuns sintomas são:
- Dor durante as relações sexuais;
- Dor e/ou sangramentos intestinais e urinários durante a menstruação;
- Dificuldade de engravidar.
Se por um acaso outras áreas ou órgãos forem afetados, outros sintomas também podem aparecer, de acordo com a área acometida:
- Nervo ciático: Dores na lombar e no músculo posterior das coxas;
- Intestino: diarreia ou dor ao evacuar;
- Pulmão: tosse com sangue;
- Diafragma: dores no ombro, principalmente no direito, e pescoço.
Ainda, há grandes possibilidades da endometriose não apresentar nenhum sintoma. Nesses casos, o tratamento também se faz necessário, mas é importante realizar exames de imagem e rotina para diagnosticá-la corretamente.
Março amarelo também alerta para a detecção precoce: qual exame fazer?
No estágio inicial, a endometriose pode ser difícil de ser diagnosticada. Mas existem vários exames que que ajudam a detectá-la. Algumas opções incluem:
- Ultrassonografia transvaginal: utiliza ondas sonoras para produzir imagens dos órgãos reprodutivos femininos e pode ajudar a detectar a doença;
- Ressonância magnética (RM): tem o objetivo de visualizar imagens mais detalhadas dos órgãos reprodutivos, o que ajuda a identificar áreas de endometriose;
- Exame clínico e histórico: em que o médico pode perguntar sobre seus sintomas, histórico menstrual e quaisquer outros fatores que possam sugerir a presença de endometriose.
É importante notar que, embora esses exames possam ajudar a detectar a endometriose, nem sempre são conclusivos e a confirmação do diagnóstico pode exigir uma laparoscopia. Se você suspeita de endometriose, deve falar com seu médico para discutir seus sintomas e opções de tratamento.
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